Como cooperas?

Como cooperas?
"Lembremo-nos de que há serviço divino dentro de nós e fora de nós. A favor de nossa própria redençao, é justo indagar se estamos cooperando com o espírito inferior que nos dominava até ontem ou se já nos afeiçoamos ao espírito renovador do Eterno Pai." Emmanuel/ Vinha de Luz

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Saúde mental

"A vida corpórea é a síntese das irradiações da alma. Não há órgãos em harmonia sem pensamentos equilibrados, como não há ordem sem inteligência." (pág. 107 do livro Nos domínios da mediunidade, André Luiz - Chico Xavier)
O que ocorre no corpo físico é, em verdade, um reflexo da vida mental de cada ser.
Dessa forma, torna-se extremamente importante o desenvolvimento do equilíbrio íntimo, a harmonia dos pensamentos com o que há de melhor.
O simples fato de colocar a culpa no que é externo não nos serve mais como desculpa, uma vez que somos dotados de autonomia para escolher e selecionar o que, de fato, importa enquanto valor.
Lembremos, ainda, do "tudo me é lícito, mas nem tudo me convém...", pois que representa uma grande verdade.
Pode-se pensar, a partir de então, que não somos proibidos de nada. O mundo globalizado da tecnologia bate a nossa porta a todo momento, oferecendo-nos aquilo que lhe interessa; cabendo a cada indivíduo, no entanto, decidir o que, de fato, convém - é uma questão de escolha, abrir ou não a porta.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Fé - conquista íntima



“A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente.”

(Santo Agostinho, O Evangelho Segundo o Espiritismo cap.V item 19)


Em meio a tanto barulho e agitação que a vida contemporânea nos oferece, às vezes, começamos a sentir a necessidade de quietude e paz. A busca do dia-a-dia pela “sobrevivência” acaba nos deixando cansados e uma falta de ânimo toma conta de nós. Nesse exato momento estamos sendo convidados, não a fazer a adesão ao movimento espírita, ou a qualquer outro tipo de seguimento religioso, mas a uma verdadeira viagem ao interior de nós mesmos – essa terra tão desconhecida, mas tão rica de respostas e possibilidades...
Cada ser é único, assim não há fórmulas. Não é a casa espírita, nem qualquer outro templo religioso que guarda a “chave mágica” que irá desvendar o “segredo”. Porque, na verdade, tudo que precisa ser desvendado encontra-se dentro de cada ser e, conseguintemente, cada um possui a sua “chave”, que na verdade não é tão mágica assim....
O que a doutrina espírita pode fazer por nós e, de uma forma bastante coerente e racional, faz, é nos orientar, esclarecer e até consolar. No entanto, não há milagres. O milagre é a nossa mudança. Um milagre perfeitamente possível, já que estamos aqui para isso.
Não são as coisas externas, não é o mundo moderno, da tecnologia que irá nos proporcionar felicidade, nem paz. A conquista é nossa, através da busca. Entretanto, a questão é: o que buscamos? De que forma? Onde? Em regra, buscamos fora; e, na maioria das vezes, o que é perecível, daí a grande frustração. Assim, ter fé não significa a adesão a esta ou aquela doutrina religiosa, não representa rótulo, nem prática exterior, mas acreditar em si, e, acima de tudo, ter a “luminosa certeza” de que há um Ser Supremo que criou o Universo, mas que, justamente por ser tão supremo assim, mantém a harmonia de tudo o que nele há.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Oração e vigilância no dia-a-dia

“... a mediunidade é um dom inerente a todos os seres, como a faculdade de respirar, e cada criatura assimila as forças superiores ou inferiores com as quais sintoniza. Por isso mesmo, o Divino Mestre recomendou-nos oração e vigilância para não cairmos nas sugestões do mal, porque a tentação é o fio de forças vivas a irradiar-se de nós, captando os elementos que lhe são semelhantes e tecendo, assim, ao redor de nossa alma, espessa rede de impulsos, por vezes irresistíveis.” (do livro Nos domínios da mediunidade pág. 58)

Sabemos, pelo Livro dos Espíritos, que não há arrastamento irresistível ao mal, somos atraídos de acordo com o nosso mais íntimo “conteúdo”; dessa forma, estamos vulneráveis às “tentações” por conta das fragilidades que carregamos. Assim, a recomendação de Jesus do orai e vigiai é sempre muito apropriada a cada um que esteja nessa busca do auto-aperfeiçoamento.
Talvez por descuido ou ainda por uma equivocada visão de nós mesmos, pensamos que já estamos imunes a determinado tipo de quedas. Com isso não estamos fazendo apologia à insegurança, que jamais nos levaria a qualquer lugar; referimo-nos, tão-somente, a uma cautela que nos viabilize segurança em nossos passos. Pode-se dizer que nisso também há um pouco de humildade em reconhecer nossa verdadeira condição de seres ainda imperfeitos.
O conhecimento, por exemplo, a que temos acesso através da Doutrina dos Espíritos, não nos dá nenhum tipo de imunidade, ao contrário, acarreta uma soma maior de responsabilidade. Jesus não prometeu aos apóstolos de sua época que estariam livres de qualquer tentação. Ainda carregamos nossas fragilidades emocionais e morais, por isso o cuidado de nos preservarmos contra os desvios que poderemos encontrar pelo caminho. As ilusões ainda podem nos pregar peças, desde que tenhamos o orgulho e a vaidade a nos cegar.
Fiquemos, então, atentos a nós mesmos, trabalhando intimamente para que cada vez mais estejamos fortalecidos e convictos da rota a ser seguida por nós, na plena certeza de que jamais estaremos sozinhos em nossas escolhas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A percepção de nós mesmos

“A evolução vagarosa nos milênios ou o choque brusco do sofrimento alteram-nos o panorama mental, aprimorando-lhe os valores.”

De acordo com o Benfeitor Áulus no livro Nos domínios da mediunidade pelo espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier, é necessário o trabalho vagaroso, porque gradativo, do tempo ou, o que ele denomina de choque brusco do sofrimento, ou seja, a dor para que o nosso panorama mental enriqueça e expanda em valores. Uma boa reflexão nos faz compreender que de fato é assim que ocorre. Muitas vezes temos a oportunidade de aprender uma determinada lição que pacientemente nossos pais, por exemplo, nos explicam; no entanto, quase sempre, teimamos em não dar ouvidos. E o que ocorre, então?! Passado algum tempo, lá estamos às voltas com dificuldades que, de alguma forma, ensinam aquela lição que não aprendemos antes por mera teimosia.
Assim, dessa forma, não há como admitir que o sofrimento, a dor ou a dificuldade seja um primeiro recurso para nos fazer caminhar. As possibilidades que a Vida pode utilizar para que despertemos são muitas. Nossa compreensão é limitada, por isso enxergamos tão pouco, medindo, inclusive, o próprio Criador pela nossa, ainda reduzida, escala de valores.
O convite que a Doutrina Espírita nos faz a todo instante é ampliarmos nossa compreensão, inclusive acerca de nós mesmos, para que não enxerguemos apenas os defeitos. Lógico que precisamos enxergá-los, tendo consciência da nossa realidade íntima; entretanto, é fundamental enxergar também o lado luz que já há em nós.
Jesus, em muitos momentos, chamava a atenção, daqueles que se aproximavam dele, para as potencialidades adormecidas dentro de cada ser, esperando tão-somente a nossa vontade ser colocada em movimentação. Um bom exemplo disso, são os próprios apóstolos – escolhidos no meio do povo, não mostravam super-poderes, nem tão-pouco eram perfeitos, tiveram a oportunidade de conviver com o Mestre no dia-a-dia; só mais tarde, porém, despertaram para o que de bom já havia dentro deles a ser colocado em prática – a luz em movimento, a beneficio de todos aqueles que necessitassem de algum tipo de consolo e esclarecimento.
Guardando as devidas proporções, pensemos em nós.
O que fazemos com o pouco de luz que já possuímos!?
Ou será que não conseguimos percebê-la!?
Porque filhos do Criador, todos temos um pouco de luz para clarear, não apenas o nosso caminho, mas também e, principalmente, o daqueles que de alguma forma ainda estão tateando ao nosso lado. Se pensarmos um pouquinho, vamos nos lembrar o quanto somos iluminados por outros que encarnados ou não já possuem condições de nos mostrar o que ainda não havíamos percebido.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

SER FELIZ - Hammed

"Ser feliz não é uma questão de circunstância,
de estarmos sozinhos ou acompanhados pelos outros,
porém de uma atitude comportamental
em face das tarefas que viemos desempenhar na Terra."
Hammed (do livro Renovando Atitudes pág. 25)

Nosso olhar

“ ... vislumbramos fora o que somos por dentro.
(...) ... os olhos vêem conforme nossa atmosfera interior.
É por isso que alguns afirmam: este planeta é uma prisão;
outros dizem porém: não, é um hospital;
mais além outros tantos asseguram: é um belo jardim de paz.
Tua casa psíquica determina tua existência,
tua observação focaliza pântanos pestilentos
ou fontes cristalinas,
serpentes ou pássaros e, assim, diriges teu modo característico de ver,
conforme teu modelo interior, materializando e evidenciando
as coisas ou as pessoas fora de ti mesmo.”
(Hammed no livro Renovando Atitudes p. 160)

Felicidade relativa


“Aquele que se acha bem compenetrado de seu destino futuro não vê na vida corporal mais do que uma estação temporária, uma como parada momentânea em péssima hospedaria. Facilmente se consola de alguns aborrecimentos passageiros de uma viagem que o levará a tanto melhor posição, quanto melhor tenha cuidado dos preparativos para empreendê-la.”
(comentário de Kardec questão 921 de O Livro dos Espíritos) (felicidade relativa)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Reflexões

“A infelicidade é a alegria, é o prazer, é o tumulto, é a vã agitação, é a satisfação louca da vaidade, que fazem calar a consciência, que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem com relação ao seu futuro. A infelicidade é o ópio do esquecimento que ardentemente procurais conseguir.” Delfina de Girardin
(O Evangelho segundo o Espiritismo cap. V item 24)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Esquecimento do passado

“Para nos melhorarmos, outorgou-nos Deus, precisamente, o de que necessitamos e nos basta: a voz da consciência e as tendências instintivas. Priva-nos do que nos seria prejudicial.
Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu, nasce qual se fez; em cada existência, tem um novo ponto de partida. (...) Suas atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve concentrar-se toda a sua atenção, porquanto, daquilo de que se haja corrigido completamente, nenhum traço mais conservará. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças para resistir às tentações.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo cap. V item 11)

Felicidade

“Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso destino. Assim sendo, sucessos ou fracassos são subprodutos de nossas atitudes construtivas ou destrutivas.” (pág. 26 do livro Renovando Atitudes)

(lei de causa /efeito) – Compete a cada um de nós retificarmos hoje uma estrada que ontem desorganizamos. Os males, por nós encontrados, representam tão-somente o resultado dos equívocos que cometemos ontem. No entanto, o dia de hoje representa a bênção do recomeço. Nascemos para acertar, esse representa o grande objetivo de nossa reencarnação. A felicidade independe daquilo que está ao nosso redor; não adianta procurar fora. É uma questão de construção íntima. Joana De Angelis, no livro Vida Feliz, fala que a nossa fatalidade é o bem.
Por isso, pode-se afirmar que ninguém está fadado ao sofrimento. Esse é o fruto de nossas escolhas indevidas; numa palavra, livre-arbítrio utilizado de forma equivocada.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Nosso planeta Terra, nossa casa

“... vislumbramos fora o que somos por dentro.
(...) os olhos vêem conforme nossa atmosfera interior. É por isso que alguns afirmam: este planeta é uma prisão; outros dizem porém: não, é um hospital; mais além outros tantos asseguram: é um belo jardim de paz.
Tua casa psíquica determina tua existência, tua observação focaliza pântanos pestilentos ou fontes cristalinas, serpentes ou pássaros e, assim, diriges teu modo característico de ver, conforme teu modelo interior, materializando e evidenciando as coisas ou as pessoas fora de ti mesmo.”
(Hammed do livro Renovando Atitudes p. 160)

Família - Libertação pelo amor

Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do nascimento deste?
"Ao contrário: bem grande influência exercem. Conforme dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho." O Livro dos Espíritos, questão 208

“ (...) Referimo-nos, porém, ao lar como pouso de desligamento, porque, na Terra, as relações de ordem familiar constituem clima ideal para a libertação de quantos se jungiram entre si, de modo inconveniente, nos desregramentos emotivos em nome do amor. É assim que a sabedoria da Natureza faculta o reencontro, sob as teias da parentela, de quantos se desvairaram, em outro tempo, nos desmandos de ordem sexual, reencontro esse que persiste em condições mais íntimas e mais profundas, até que os companheiros do pretérito, reencarnados na posição de filhos, atinjam a juventude, na existência nova, elegendo novos parceiros para a sua vida afetiva, ante a presença ou a supervisão dos pais ou de familiares outros, nem sempre satisfeitos ou tranqüilos com as escolhas que são obrigados a assistir ou a aprovar pela força das circunstâncias.” (Emmanuel do livro Vida e Sexo item 15)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Reflexões à luz do Evangelho Segundo o Espiritismo

“... as vicissitudes da vida derivam de uma causa, e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 3 cap.V)

“Buscai consolações para os vossos males no porvir que Deus vos prepara e procurai-lhe a causa no passado.” (Santo Agostinho – O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 19 cap.V)

“A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente.” (Santo Agostinho – O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 19 cap.V)

“... nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são condições essenciais à felicidade.” (Françoais-Nicolas-Madeleine, cardeal Morlot – O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 20 cap.V)

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Exemplo


“ Uma boa ação, contudo, edifica e ilumina sempre.
A criatura ignorante que a observa aprende a elevar-se.
Os olhos menos benevolentes que a vêem recebem nova claridade para a vida íntima.
O homem quase retificado que a identifica adquire mais fortaleza para restaurar-se.”
(Emmanuel)

Palavras são importantes, mas nada como o exemplo. Isso pode nos parecer corriqueiro - todo mundo diz; no entanto, será que já paramos para analisar e refletir se, de fato, ocorre dessa forma?
Basta pensar nos fatos cotidianos de cada um. As pessoas que passam pela nossa vida nos influenciam muito mais pelo que fazem do que, simplesmente, pelo que dizem. Pode-se buscar o exemplo do que ocorre com relação às crianças. De nada adianta falar para o filho dizer a verdade, se nós mentimos para ele ou para outras pessoas. Isso pode ser comprovado, inclusive, a partir da própria observação - representa um fato para aqueles que, de alguma forma, convivem com as crianças.
Será, entretanto, que conosco também não acontece dessa maneira, em alguns casos?
Será que teria valor toda a proposta trazida por Jesus, caso Ele não a tivesse vivenciado? E Paulo de Tarso, o apóstolo que, apesar de não ter convivido (diretamente) com o Mestre, fez tanto pela divulgação do Cristianismo? Buscando em sua história, constatamos o quanto ele precisou vivenciar; sua transformação moral não aconteceu no momento em que teve a visão do Cristo - foi necessário trabalho, trabalho árduo!
Não importa o pouco que já conseguimos fazer, mas o façamos... A nosso benefício, a benefício do outro, a benefício do progresso da humanidade. Todos queremos um lugar melhor para se viver, com menos violência, por exemplo. O que fazemos, no entanto?
Não adianta esperar que o mundo mude; o externo não está ao nosso alcance transformar. Transformemos a nós mesmos, tendo a certeza de que devemos começar pelas pequeninas coisas; façamos o possível e deixemos o impossível para quando ele seja, de fato, possível de ser realizado.
Por que nos preocupar com o que não podemos AINDA fazer, se temos algo que já podemos? Canalizemos, dessa forma, nossas melhores energias para a nossa mudança de postura no dia-a-dia, ao sermos convidados a mostrar (pelo exemplo) quem de fato somos.

Vencendo a nós mesmos



"Não se equivoquem, pois, os que buscam o Mestre dos mestres... Receberão, certamente, a esperada iluminação, o consolo edificante e o ensinamento eficaz, mas penetrarão a linha de batalha, em que lhes constitui obrigação o combate permanente pela vitória do amor e da verdade, na Terra, através de ásperos testemunhos, porque todos nós, encarnados e desencarnados, oscilantes ainda entre a animalidade e a espiritualidade, entre e vale do homem e a culminância do Cristo, estamos constrangidos a batalhar até o definitivo triunfo sobre nós mesmos pela posse da Vida Imortal." (Emmanuel)

Reflexões para o dia-a-dia


“Porque as pessoas se te apresentem más ou egoístas, ou porque te aflijam e desconsiderem, não planejes o revide.
Há quem ainda se compraz no mal, quem perturba e se ufana disso.
São seres mal saídos do primarismo, adquirindo a luz da razão e a sensibilidade da emoção.
Não é justo que desças e a elas te niveles, sofrendo mais, quando podes ascender e elevá-las, alterando a paisagem moral do mundo para melhor.
Seja tua a ação de engrandecimento e compreensão das falhas e limites do teu próximo.
Jamais te arrependerás, agindo assim.” (Joanna de Ângelis)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Transformação

Na mensagem intitulada "Transformação", do livro Vinha de Luz, psicografado pelo médium Chico Xavier, Emmanuel, no trecho final, nos diz: "Ninguém parte ao chamado da VidaEterna senão para transformar-se.
Morte do corpo é crescimento espiritual.
O túmulo numa esfera é berço em outra.
E, como a função da vida é renovar para a perfeição, transformemo-nos para o bem, desde hoje."
Prestando um pouco mais de atenção no cotidiano dos dias, podemos, claramente, perceber o quanto a vida é dinâmica em si mesma. Nada permanece estático. Fazemos, às vezes, força para ficarmos parados; o convite, no entanto, é sempre ao crescimento, aperfeiçoamento constante.
A natureza nos mostra isso, a todo momento. Não é necessário esperar a morte do corpo físico para nos transformarmos; mesmo porque, Kardec nos demonstrou essa realidade através da codificação espírita. O relato dos inúmeros espíritos que se manifestaram, àquela época, deixou bem claro – após a morte, permanecemos tais quais somos (ou éramos). Igualmente, hoje temos acesso a esse fato, através das comunicações mediúnicas sérias.
Assim, desse modo, não nos nascem asas ao desencarnarmos. Se quisermos chegar ao plano espiritual harmonizados, equilibrados e não tão perturbados, comecemos a nos empenhar desde agora. Lembremos que isso representa conquista; jamais um privilégio.
“É imperioso reconhecer, porém, que se a semente é auxiliada pela adubação, pela água e pelo sol, é obrigada a trabalhar, dentro de si mesma, a fim de produzir.” (Emmanuel p. 204 Fonte Viva)
“Todo pensamento mau resulta, pois, da imperfeição da alma; mas, de acordo com o desejo que alimenta de depurar-se, mesmo esse mau pensamento se lhe torna uma ocasião de adiantar-se, porque ela o repele com energia. É indício de esforço por apagar uma mancha.”
(Evangelho Segundo o Espiritismo cap. VIII)

Reflexões de Emmanuel

"Não existem milagres da construção repentina no plano do espírito, como é impossível improvisar, de momento para outro, qualquer edificação de valor na zona da matéria.
O serviço de iluminação da mente, com a elevação dos sentimentos e raciocínios, demanda tempo, esforço, paciência e perseverança.”

(Emmanuel, Vinha de Luz p. 206)
O bom senso nos faz concordar com Emmanuel no que toca ao serviço de iluminação. Notemos – tempo, esforço, paciência e perseverança; dos quatro itens, apenas um não depende de nós – o tempo. Façamos, então, a parte que nos é possível, confiando nos planos divinos...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

“É pelo amor, sol das almas, que Deus mais eficazmente atua no mundo.
(...)
Todo o poder da alma resume-se em três palavras:
– querer, saber, amar!
Querer, isto é, fazer convergir toda a atividade, toda a energia para o alvo que se tem de atingir, desenvolver a vontade e aprender a dirigi-la.
Saber, por que sem o estudo profundo, sem o conhecimento das coisas e das leis, o pensamento e a vontade podem transviar-se no meio das forças que procuram conquistar e dos elementos
a quem aspiram governar.
Acima, porém, de tudo, é preciso amar, porque, sem o amor, a vontade e a ciência seriam incompletas e muitas vezes estéreis. O amor ilumina-as, fecunda-as, centuplica-lhes os recursos. Não se trata aqui do amor que contempla sem agir, mas do que se aplica a espalhar o bem e a verdade pelo mundo. A vida terrestre é um conflito entre as forças do mal e as do bem. O dever de toda alma viril é tomar parte no combate, trazer-lhe todos os seus impulsos, todos os seus meios de ação, lutar pelos outros, por todos aqueles que se agitam ainda na via escura.”
(trecho do livro O problema do ser, do destino e da dor de Léon Denis - terceira parte, As potências da alma -O amor)

De fato, ainda não conseguimos a compreensão do amor, verdadeiro amor – o sublime sentimento que move Jesus e tantos outros Espíritos Superiores a nos ajudar constantemente, mesmo quando tudo parece em vão. Temos, porém, uma pálida noção desse sentimento divino. As palavras de Léon Denis, por exemplo, fazem-nos refletir e, até mesmo, expandir nossas concepções acerca do tema. Entretanto, queremos chamar a atenção para o trecho final do texto de Denis, quando ele nos conclama a ação – “O dever de toda alma viril...” Isso nos faz pensar e repensar sobre a nossa conduta diante da vida e diante das pessoas com as quais convivemos. Se refletirmos um pouco, veremos que, em regra, somos mais apáticos, inativos do que, de fato, atuantes. Deixamos a indiferença tomar conta de nós. Quantas vezes nos omitimos, deixando de vivenciar o que já acreditamos! Será por medo, por insegurança ou, simplesmente, por preguiça?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Renovação íntima



“Contra o nosso anseio de claridade, temos milênios de sombra. Antepondo-se-nos à mais humilde aspiração de crescer no bem, vigoram os séculos em que nos comprazíamos no mal.
É por isso que, de permeio com as bênçãos do Alto, sobram na senda dos discípulos as tentações de todos os matizes.” (Emmanuel)

Mudar não é fácil, ainda mais quando nos propomos a levar em conta toda a bagagem (espiritual) que trazemos conosco de nossas experiências anteriores.
Não é simplesmente o conhecimento que nos “transforma”; lembremos, nesse caso, do sempre apropriado exemplo de Paulo, o Apóstolo. Ao tomar conhecimento de seus grandes equívocos, iniciou uma longa trajetória de auto-iluminação e conseqüentemente de libertação.
A renovação é assim. A tal reforma íntima, tão propagada por nós, não ocorre como num passe de mágica, demanda tempo e perseverança; devendo, inclusive, apoiar-se sempre em bases firmes, já que a solidez torna-se fundamental para que o objetivo de fato seja alcançado.
Como o próprio Emmanuel nos afirma no trecho em destaque acima, contra a nossa vontade de nos modificar está o nosso “passado”. Graças à Misericórdia Divina não nos lembramos dos nossos equívocos “do ontem”, no entanto, eles permanecem, de alguma forma, “presente” em nós. Torna-se necessário e fundamental, inclusive, a vivência, de fato, da mudança íntima. Novamente o exemplo de Paulo de Tarso pode nos ajudar – paralelo à modificação que estava ocorrendo intimamente, havia um passado, no caso dele naquela mesma existência, vivo que falava muito alto. Ele precisou vivenciar, a todo momento até o final daquela existência, que de fato estava ao lado do Cristo; suas palavras, apesar de bastante convincentes, não era o suficiente, foi preciso muito mais do que um bom discurso.
Assim ocorre com cada um, guardando, é claro, as devidas proporções. Por isso, tenhamos paciência conosco. Paciência não significa nos acomodar, de jeito nenhum. Mas sim, em perceber nossos reais limites, em compreender que, de fato, a natureza não dá saltos; ela, ao contrário, dá mostras, a todos aqueles que se propõe a serem bons observadores, de que tudo tem um ritmo. Não há dúvidas de que as mudanças devem ser constantes; tenhamos, no entanto, a humildade de reconhecer que isso representa um processo... Um processo a ser conduzido e direcionado por nós mesmos.
E, que dessa forma, possamos aproveitar os convites que a Vida constantemente nos envia visando sempre a nossa transformação moral, compreendendo, acima de tudo, que somos filhos de Deus e essa condição jamais perdemos.
A partir dessa compreensão, permitiremos que os Bons Espíritos possam, então, aproximarem-se de nós, devido às nossas boas resoluções de mudança, ajudando-nos nessa trajetória longa, mas necessária, de crescimento e, conseqüentemente, de auto-iluminação.



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Egoísmo

“O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. (...) O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo cap. XI item 11 – O egoísmo, Emmanuel)
Em quantos momentos da nossa existência nos trancamos em nosso estreito mundo particular!!! Em grau maior ou menor, somos todos egocêntricos; no entanto, extrapolamos ao imaginar, por vezes, que a “nossa” dor é a maior do mundo, que não há ninguém que sofra mais do que nós. E, dessa forma, fechamos os olhos para aqueles que nos cercam, esquecidos de que as outras pessoas possuem necessidades tanto quanto nós. A proposta da vida é sempre dilatar nossos horizontes; ninguém está dizendo, com isso, que devemos nos enganar ou enganar os outros, fingindo que estamos bem, quando na verdade não estamos. Às vezes precisamos desabafar, sim! falar de nossas dores e também de nossos medos... Torna-se, necessário, no entanto, saber calar em determinados momentos para ouvir o desabafo do outro. Nesse momento, inclusive, temos a oportunidade de, ajudando o outro, conhecer um pouco melhor a nós mesmos. Aquele que não tem tempo de ouvir, que apenas quer falar de si, ainda não percebeu que o mundo não se restringe ao pequeno espaço em que circulamos.