Não, não somos concitados a fazer o impossível. As limitações de todas e quaisquer ordens não podem mais servir como escusa ao processo de renovação íntima, pelo qual somos convidados a passar quando nos aproximamos da Doutrina dos Espíritos. Façamos a parte que nos cabe, que nos compete, sondando nosso vasto mundo interior, para avançar, cientes de que a "resposta" nos chega por meio da nossa consciência, pois é ela quem nos aprova ou reprova em cada momento da vida. Se a prestação de contas maior acontece, invariavelmente, após a existência física, há, por outro lado, a prestação diária, homeopática, que acontece, de forma natural, porque hoje já não somos tão simples assim. Ignorantes ainda o somos; e muito, mas simples não. Podemos ignorar toda essa movimentação, alegando qualquer pretexto vão. No exercício do livre-arbítrio, podemos postergar o próprio processo de despertamento. TODAVIA... Não há como fugir de nós mesmos. Sabemos disso, é bem verdade!, NO ENTANTO, sempre vale a pena recordar. Os benfeitores espirituais não alertam sobre estas coisas de mil modos, possibilitando-nos enxergar aspectos de suma importância MAS que parecem olvidados pelo caminho... afinal, muitos são os chamados da vida moderna, de todos os lados nos chegam apelos que calam fundo em nossa alma, devido, obviamente, à inferioridade a que estamos atrelados... É da lei, não há como fugir da nossa realidade íntima e somos "tentados" no que ainda há "pendende" em nossa economia espiritual. Em suma: densa ainda é a nossa sombra. Por isso e por muito mais, meditemos, uma vez mais, nas palavras do benfeitor Emmanuel, no livro "Justiça Divina", publicado em 1962 pela psicografia do saudoso Chico Xavier:
"[...] o céu começa sempre em nós mesmos e o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um" (p.215).
O nome do livro amplia-nos o entendimento: Justiça Divina - "a cada um segundo suas próprias obras", neste e em qualquer outro plano da vida.