Como cooperas?

Como cooperas?
"Lembremo-nos de que há serviço divino dentro de nós e fora de nós. A favor de nossa própria redençao, é justo indagar se estamos cooperando com o espírito inferior que nos dominava até ontem ou se já nos afeiçoamos ao espírito renovador do Eterno Pai." Emmanuel/ Vinha de Luz

quinta-feira, 17 de março de 2011

Seu problema

Garanta a própria saúde, buscando nas lições do Evangelho o recurso para neutralizar a ação nociva dos sentimentos inferiores.

Violência que machuca?
É a brandura.

Preguiça que imobiliza?
É o trabalho.

Desespero que inflama?
É a fé.

Vaidade que exalta?
É a modéstia.

Inveja que corrói?
É a fraternidade.

Mágoa que intoxica?
É o perdão.

Prepotência que incha?
É a humildade.

Cólera que destempera?
É o controle.

Egoísmo que infeccciona?
É o desprendimento.

Vingança que enlouquece?
É o esquecimento da ofensa.

Sentimentos inferiores perturbam a evolução do Espírito e desorganizam as funções do corpo físico.

A doença é sempre consequência da inferioridade do mundo e da imperfeição própria, razão pela qual é justo que se exalte a pesquisa científica e o saneamento básico, mas se valorize também o esforço da transformação moral.

A pneumonia é assunto para o médico, mas as paixões são problema seu. ANDRÉ LUIZ/ANTONIO BADUY FILHO, em Vivendo o Evangelho, Vol. II, Lição 374, IDE/2010.

segunda-feira, 7 de março de 2011

OUTRO LADO DA FESTA



Os preparativos para a grande festa são providenciados por meses.

As escolas de samba preparam, ao longo do ano, as fantasias com que os integrantes irão desfilar nas largas avenidas, em meio às arquibancadas abarrotadas de espectadores.

Os foliões surgem de diversos pontos do planeta, trazendo na bagagem um sonho em comum: “cair na folia”.

Pessoas respeitáveis, cidadãos dignos, pessoas famosas, se permitem “sair do sério”, nesses dias de carnaval.

Trabalhadores anônimos, que andam as voltas com dificuldades financeiras o ano todo, gastam o que não têm para sentir o prazer efêmero de curtir dias de completa insanidade.

Malfeitores comuns se aproveitam da confusão para realizar crimes nefastos, confundidos com a massa humana que pula freneticamente.

Jovens e adultos se deixam cair nas armadilhas viscosas das drogas alucinantes.

Esse é o lado da festa que podemos observar deste lado da vida.

Mas há outro lado dessa festa tão disputada: o lado espiritual.

Narram os Espíritos superiores que a realidade do carnaval, observada do além, é muito diferente e lamentavelmente mais triste. Multidões de Espíritos infelizes também invadem as avenidas num triste espetáculo de grandes proporções. Malfeitores das trevas se vinculam aos foliões pelos fios invisíveis do pensamento, em razão das preferências que trazem no mundo íntimo.

A sintonia, no Universo, como a gravitação, é lei da vida. Vive-se no lugar e com quem se deseja psiquicamente. Há um intercâmbio vibratório em todos e em tudo. E essa sintonia se dá pelos desejos e tendências acalentados na intimidade do ser e não de acordo com a embalagem exterior.

E é graças a essa lei de afinidade que os espíritos das trevas se vinculam aos foliões descuidados, induzindo-os a orgias deprimentes e atitudes grotescas de lamentáveis consequências.

Espíritos infelizes se aproveitam da onda de loucura que toma conta das mentes, para concretizar vinganças cruéis planejadas há muito tempo.

Tramas macabras são arquitetadas no além túmulo e levadas a efeito nesses dias em que momo reina soberano sobre as criaturas que se permitem cair na folia.

Nem mesmo as crianças são poupadas ao triste espetáculo, quando esses foliões das sombras surgem para festejar momo.

Quantos crimes acontecem nesses dias...quantos acidentes, quanta loucura...

Enquanto nossos olhos percebem o brilho dos refletores e das lantejoulas nas avenidas iluminadas, a visão dos espíritos contempla o ambiente espiritual envolto em densas e escuras nuvens criadas pelas vibrações de baixo teor.

E as consequências desse grotesco espetáculo se fazem sentir por longo prazo. Nos abortos realizados alguns meses depois, fruto de envolvimentos levianos, nas separações de casais que já não se suportam mais depois das sensações vividas sob o calor da festa, no desespero de muitos, depois que cai a máscara...

Por todas essas razões vale a pena pensar se tudo isso é válido. Se vale a pena pagar o alto preço exigido por alguns dias de loucura.

Os noticiários estarão divulgando, durante e após o carnaval, a triste estatística de horrores, e esperamos que você não faça parte dela.

Você sabia?

Você sabia que muitas das fantasias de expressões grotescas são inspiradas pelos espíritos que vivem em regiões inferiores do além?

É mais comum do que se pensa, que os homens visitem esses sítios de desespero e loucura durante o sono do corpo físico, através do que chamamos sonho.

Enquanto o corpo repousa o espírito fica semiliberto e faz suas incursões no mundo espiritual, buscando sempre os seres com os quais se afina pelas vibrações que emite.

Assim, é importante que busquemos sintonizar com as esferas mais altas, onde vivem espíritos benfeitores que têm por objetivo nos ajudar a vencer a difícil jornada no corpo físico.

Equipe de redação do Momento Espírita, baseado nos capítulos 6 e 23 do livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ed. Leal.

domingo, 6 de março de 2011

Breves reflexões acerca do carnaval

As implicações de ordem moral/espiritual, decorrentes das comemorações de Momo pelo país, mereceriam um pouco mais de atenção da nossa parte.
Sabemos, pelas informações dos Espíritos [algumas obras abordam a temática, como por exemplo, Nas fronteiras da loucura, de Manoel Philomeno de Miranda], que este período do carnaval é bastante propício às quedas morais.
Imperfeitos, que ainda somos, nosso grau de vulnerabilidade às tentações de diversos matizes, passa, por vezes, despercebido por nós mesmos.
Mais do que nunca, a recomendação de Jesus torna-se pertinente e útil: é preciso orar e vigiar - não a vida alheia, mas a nossa própria conduta [mental, incluisve!] diante das comemorações.
Forçoso reconhecer que ainda não nos conhecemos como deveríamos.
A colocação de Agostinho [em O Livro dos Espíritos], dizendo-nos que o autoconhecimento é a chave do progresso individual, encaixa-se perfeitamente no que gostaríamos de destacar nesse breve texto.
As tentações que ainda conseguem abalar as nossas fibras e convicções ético-morais só encontram ressonância em nós na medida em que ainda não as superamos.
Se nossas convicções são abaladas é porque ainda não foram totalmente consolidadas, logo não poderiam ser tidas a conta de convicção. A palavra utilizada tem o própósito de chamar a nossa atenção para as nossas fragilidades que não são reconhecidas por nós. Ao negligenciarmos com esse necessário e fundamental olhar para dentro de nós [o autoconhecimento], nos tornamos ainda mais vulneráveis.
Por exemplo, se eu nego para mim mesma que a vaidade seja um problema que eu possuo, mais facilmente eu posso escorregar nessa problemática, já que sequer a cogito como dificuldade não superada.
Lembrando, sobretudo, que nesse período do carnaval, por conta do forte apelo sensual, espíritos ainda ligados às sensações puramente materiais possuem largo acesso àqueles que lhes permitem a presença. Sabemos do constante intercâmbio entre os dois planos, material e espiritual. Não seria diferente no período da festa da carne.
Reconhecer nossas [verdadeiras] fragilidades morais pode ser um bom caminho para aqueles que não gostariam de se compromenter ainda mais diante de seu planejamento espiritual. Sem contar que, percebendo-se, fica mais fácil prevenir-se do forte assédio espiritual pelo qual todos passamos, principalmente em períodos turbulentos nos quais estamos vivendo.
Não é preciso dizer aos outros quais as limitações morais ainda nos prendem à inferioridade; reconhecê-las para nós mesmos, no entanto, é de suma importância num processo de reforma íntima. Nesse sentido, vale a pena finalizar estas breves reflexões com a citação literal de Agostinho [Livro dos Espíritos, questão 919a] - "O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual."