Como cooperas?

Como cooperas?
"Lembremo-nos de que há serviço divino dentro de nós e fora de nós. A favor de nossa própria redençao, é justo indagar se estamos cooperando com o espírito inferior que nos dominava até ontem ou se já nos afeiçoamos ao espírito renovador do Eterno Pai." Emmanuel/ Vinha de Luz

sábado, 26 de dezembro de 2009

"Aperfeiçoamento pede esforço"

Emmanuel nos faz pensar e refletir ao afirmar "Aperfeiçoamento pede esforço." A indagação passa a ser inevitável: será que, de fato, estamos empenhados em nossa mudança, em nossso aperfeiçoamento?
Poderemos, no entanto, perguntar ainda: aperfeiçoar-se para quê?
Bem, se estamos em paz com nossa consciência, estamos no caminho certo. Se há uma certa dose de felicidade, de contentamento íntimo, também estamos no caminho.
Agora, caso estejamos buscando algo mais, como por exemplo, o equilíbrio, a serenidade, a paz (verdadeira!) de consciência... aí, sim, vale uma reflexão acerca do nosso grau de empenho em nos aperfeiçoar para sermos DE FATO felizes...
Ergamo-nos
“Levantar-me-ei e irei ter com meu pai...” – (LUCAS, 15:18.)

Quando o filho pródigo deliberou tornar aos braços paternos, resolveu intimamente levantar-se.
Sair da cova escura da ociosidade para o campo da ação regeneradora.
Erguer-se do chão frio da inércia para o calor do movimento reconstrutivo.
Elevar-se do vale da indecisão para a montanha do serviço edificante.
Fugir à treva e penetrar a luz.
Ausentar-se da posição negativa e absorver-se na reestruturação dos próprios ideais.
Levantou-se e partiu no rumo do Lar Paterno.
Quantos de nós, porém, filhos pródigos da Vida, depois de estragarmos as mais valiosas oportunidades, clamamos pela assistência do Senhor, de acordo com os nossos desejos menos dignos, para que sejamos satisfeitos? Quantos de nós descemos, voluntariamente, ao abismo, e, lá dentro, atolados na sombria corrente de nossas paixões, exigimos que o Todo-Misericordioso se faça presente, ao nosso lado, através de seus divinos mensageiros, a fim de que nossos caprichos sejam atendidos?
Se é verdade, no entanto, que nos achamos empenhados em nosso soerguimento, coloquemo-nos de pé e retiremo-nos da retaguarda que desejamos abandonar.
Aperfeiçoamento pede esforço.
Panorama dos cimos pede ascensão.
Se aspiramos ao clima da Vida Superior, adiantemo-nos para a frente, caminhando com os padrões de Jesus.
- Levantar-me-ei, disse o moço da parábola.
- Levaantemo-nos, repitamos nós.
(EMMANUEL, do livro Fonte Viva, p. 39-40)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Renovemo-nos dia a dia
“... Transformai-vos pela renovação de vossa mente,
para que proveis qual é a boa, agradável
e perfeita vontade de Deus.”-
Paulo. (ROMANOS, 12:2.)

Não adianta a tranformação aparente da nossa personalidade na feição exterior.
Mais títulos, mais recursos financeiros, mais possibilidades de conforto e maiores considerações sociais podem ser simples agravo de responsabilidade.
Renovemo-nos por dentro.
É preciso avançar no conhecimento superior, ainda mesmo que a marcha nos custe suor e lágrimas.
Aceitar os problemas do mundo e superá-los, à força de nosso trabalho e de nossa serenidade, é a fórmula justa de aquisição do discernimento.
Dor e sacrifício, aflição e amargura, são processos de sublimação que o Mundo Maior nos oferece, a fim de que a nossa visão espritual seja acrescentada.
Facilidades materiais costumam estagnar-nos a mente, quando não sabemos vencer os perigos fascinantes das vantagens terrestres.
Renovemos nossa alma, dia a dia, estudando as lições dos vanguardeiros do progresso e vivendo a nossa existência sob a inspiração do serviço incessante.
Apliquemo-nos à construção da vida equilibrada, onde estivermos, mas não esqueçamos de que somente pela execução de nossos deveres, na concretização do bem, alcançaremos a compreensão da vida, e, com ela, o conhecimento da “perfeita vontade de Deus”, a nosso respeito.
(EMMANUEL, do livro Fonte Viva, p. 247-248)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Vigiemos e Oremos

“Vigiai e orai, para não cairdes em tentação.”- Jesus. (MATEUS, 26:41).

As mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade, assim como o lodo mais intenso, capaz de tisnar o lago, procede do seu próprio seio.
Renascemos na Terra com as forças desequilibradas do nosso pretérito para as tarefas do reajuste.
Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade. Nas íntimas relações com os nossos parentes, somos surpreendidos pelos mais fortes motivos de discórdia e luta.
Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciência, a fé e a humildade. Em contacto com os afetos mais próximos, temos copioso material de aprendizado para fixar em nossa vida os valores da boa-vontade e do perdão, da fraternidade pura e do bem incessante.
Não te proponhas, desse modo, atravessar o mundo sem tentações. Elas nascem contigo, assomam de ti mesmo e alimentam-se de ti, quando não as combates, dedicadamente, qual o lavrador sempre disposto a cooperar com a terra da qual precisa extrair as boas sementes.
Caminhar do berço ao túmulo, sob as marteladas da tentação, é natural. Afrontar obstáculos, sofrer provações, tolerar antipatias gratuitas e atravessar tormentas de lágrimas são vicissitudes lógicas da experiência humana.
Entretanto, lembremo-nos do ensinamento do Mestre, vigiando e orando, para não sucumbirmos às tentações, de vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resitência que sorrir sob os narcóticos da queda.
(EMMANUEL, do livro Fonte Viva, p. 253-254)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A exemplo do Cristo


A exemplo do Cristo
“Ele bem sabia o que havia no homem.”- (JOÃO, 2:25.)
Sim, Jesus não ignorava o que existia no homem, mas nunca se deixou impressionar negativamente.
Sabia que a usura morava com Zaqueu, contudo, trouxe-o da sovinice para a benemerência.
Não desconhecia que Madalena era possuída por gênios do mal, entretanto, renovou-a para o amor puro.
Reconheceu a vaidade de intelectual de Nicodemos, mas deu-lhe novas concepções da grandeza e da excelsitude da vida.
Identificou a fraqueza de Simão Pedro, todavia, pouco a pouco instala no coração do discípulo a fortaleza espiritual que faria dele o sustentáculo do Cristianismo nascente.
Vê as dúvidas de Tomé, sem desampará-lo.
Conhece a sombra que habita em Judas, sem negar-lhe o culto da afeição.
Jesus preocupou-se, acima de tudo, em proporcionar a cada alma uma visão mais ampla da vida e em aquinhoar cada espírito com eficientes recursos de renovação para o bem.
Não condenes, pois, o próximo porque nele observes a inferioridade e a imperfeição.
A exemplo do Cristo, ajuda quanto possas.
O Amigo Divino sabe o que existe em nós... Ele não desconhece a nossa pesada e escura bagagem do pretérito, nas dificuldades do nosso presente, recheado de hesitações e de erros, mas nem por isso deixa de estender-nos amorasamente as mãos.
(do livro Fonte Viva, Emmanuel, p. 251-252)


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

CORAÇÕES CEVADOS

CORAÇÕES CEVADOS

“Cevastes os vossos corações,
como num dia de matança.”- (Tiago, 5:5.)

Pela prosperidade e aperfeiçoamento do mundo, trabalha o Sol, que é a suprema expressão da Divindade Vital no firmamento terrestre.
Colabora o verme na intimidade do solo, preparando ninho adequado às sementes.
Contribui a aragem, permutando o pólen das flores.
Esforça-se a água, incessantemente, entretendo a vida física e purificando-a.
Serve a árvore, florindo, frutificando e regenerando a atmosfera.
Coopera o animal, ajudando as realizações humanas, suando e morrendo para que haja vida normal no domínio da inteligência superior.
Indefectível lei de trabalho rege o Universo.
O movimento e a ordem, na constância dos benefícios, constituem-lhe a s características essenciais.
Há, porém, milhões de pessoas que se sentem exoneradas da glória de servir.
Para semelhantes criaturas, em cujo cérebro a razão dorme embotada e vazia, trabalho significa degredo e humilhação, inferno e sofrimento.
(Emmanuel, p. 187-188 Fonte Viva)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Evangelho Segundo o Espiritismo cap. IV

“NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO:
É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?
A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo.” (São Luís. Paris, 1859)

domingo, 6 de dezembro de 2009

A Virtude

A VIRTUDE
FRANÇOIS-NICOLAS-MADELEINE
Paris, 1863
8 – A virtude, no seu grau mais elevado, abrange o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são as qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, são quase sempre acompanhadas de pequenas falhas morais, que as deslustram e enfraquecem. Aquele que faz alarde de sua virtude não é virtuoso, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia, e sobra-lhe o vício mais oposto: o orgulho. A virtude realmente digna desse nome não gosta de exibir-se. Temos de adivinhá-la, mas ela se esconde na sombra, foge à admiração das multidões. São Vicente de Paulo era virtuoso. O digno Cura de Ars era virtuoso. E assim muitos outros, pouco conhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que eram virtuosos. Deixavam-se levar pela corrente das suas santas inspirações, e praticavam o bem com absoluto desinteresse completo esquecimento de si mesmos.
É para essa virtude, assim compreendida e praticada, que eu vos convido, meus filhos. Para essa virtude realmente cristã e verdadeiramente espírita, que eu vos convido a consagrar-vos. Mas afastai de vossos corações o sentimento do orgulho, da vaidade, do amor próprio, que deslustram sempre as mais belas qualidades. Não imiteis esse homem que se apresenta como modelo e se gaba das próprias qualidades, para todos os ouvidos tolerantes. Essa virtude de ostentação esconde, quase sempre, uma infinidade de pequenas torpezas e odiosas fraquezas.
O homem que se exalta a si mesmo, que eleva estátuas à sua própria virtude, em princípio aniquila, por essa única razão, todos os méritos que efetivamente podia ter. E que direi daquele cujo valor se reduz a parecer o que não é? Compreendo perfeitamente que aquele que faz o bem sente uma satisfação íntima, no fundo do coração. Mas desde o momento em que essa satisfação se exterioriza, para provocar elogios, degenera em amor- próprio.
Oh, vós todos, a quem a fé espírita reanimou os seus raios, e que sabeis quanto o homem se encontra longe da perfeição, jamais vos entregueis a essa estultícia! A virtude é uma graça, que desejo para todos os espíritas sinceros, mas com esta advertência: Mais vale menos virtude na modéstia, do que muitas no orgulho. Foi pelo orgulho que as humanidades se perderam sucessivamente. É pela humildade que elas um dia deverão redimir-se.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo)