Falta-nos um longo e laborioso caminho para nos libertarmos da forma... Não conseguimos, ainda, chegar até a essência. Por isso, tudo nos parece frágil e vulnerável. Todavia, a nossa vontade não foi acionada, permanecemos na superfície de tudo o que nos cerca; pior, nos contentamos com ela. Ignorância? Medo? Preguiça? Falta de fé, de motivação? Difícil responder...
É fato, no entanto, que esta tem sido uma postura corriqueira, um verdadeiro círculo vicioso, no qual nos encarceramos. Assim, nascemos e morremos, tornamos a nascer e morrer... sempre na superfície. Não nos ocupamos, inclusive, com o auto-conhecimento, o mergulho em nós mesmos. Talvez este seja o grandioso desafio, que viabiliza nossa ascensão e, consequente libertação; entretanto, permanecemos arraigados a ideia de grandioso no sentido de "insuperável"...
E, com isso, deixamos para depois. A final de contas, falta-nos tempo. São muitas as solicitações do dia-a-dia e, acaba sendo muito mais fácil "comprar pronto". Basta-nos ligar a televisão, somos mais uma vez "ludibriados" pela forma, pela imagem, e, simplesmente, nos deixamos "anestesiar". Na verdade, é o que os nossos cinco sentidos conseguem captar. Entretanto, somente somos ludibriados porque ainda nos permitimos...
Definitivamente, falta-nos o auto-conhecimento...