Se a preguiça te pede: Descansa!, responde-lhe com algum acréscimo de esforço no trabalho que espera teu concurso.
Se a vaidade te afirma: Ninguém existe maior que tu!, retribui com a humildade, reconhecendo que nao passamos de meros servidores da vida, entre os nossos irmaos de luta.
Se o orgulho te diz: Nao cedas!, aprende a esquecer-te, auxiliando sempre.
Se o ciúme te segreda aos ouvidos: A posse é tua!, guarda silêncio em tua alma e procura entender que o amor e o bem sao bênçaos do Céu, extensivas a todos.
Se o egoísmo te aconselha: Retém!, abre as tuas maos e distribui a bondade com os que te cercam.
Se a revolta te assevera: Reage e reivindica os teus direitos!, aguarda a Justiça Divina, trabalhando e servindo com mais abnegaçao.
Se a maldade te sugere: Vinga-te!, considera que mais vale amparar constantemente o companheiro, quanto tempos sido auxiliados por Jesus, afim de que o amor fulgure em nossas vidas.
Os falsos profetas vivem nos recessos de nosso próprio ser.
Surgem, cada dia, invariáveis, na forma da intriga ou da meledicência, da leviandade ou da indisciplina, induzindo-nos a cerrar o coraçao contra a consciência.
Se aceitamos Jesus em nosso roteiro, ouçamos o que nos diz o seu ensinamento e apliquemo-nos à prática de Suas liçoes Sublimes.
Olvidemos as insinuaçoes da ignorância e da treva, da crueldade e da má fé, que nos enrijecem o sentimento e, de coraçao unido à Vontade do Mestre, vendo a vida por seus olhos e ouvindo os nossos irmaos, através de seus ouvidos, estaremos realmente habituados à posiçao de intérpretes do seu Infinito Amor, em qualquer parte.
Emmanuel, médium Francisco Cândido Xavier, do livro Levantar e Seguir.
Creio que nao seja de forma gratuita que o Benfeitor ressalta a importância do sentimento mais de uma vez num texto tao curto: "[Os falsos profetas] surgem [...] induzindo-nos a cerrar o coraçao contra a consciência."; "Olvidemos as insinuaçoes da ignorância e da treva [...] que nos enrijecem o sentimento [...]". O sentimento diz respeito à essência, nao se restringindo à aparência.
Emmanuel nos lembra, ainda, das falsas vozes que ainda povoam nosso mundo íntimo, reafirmando nossa condiçao de seres ambivalentes em franco processo de transformaçao, atrelados, no entanto, a uma retaguarda de fragilidades (morais).
Que a nossa vontade de caminhar, resolutos, em consonância com os objetivos divinos, seja mais forte do que as vozes que teimam em nos reter ao solo!!!