Como cooperas?

Como cooperas?
"Lembremo-nos de que há serviço divino dentro de nós e fora de nós. A favor de nossa própria redençao, é justo indagar se estamos cooperando com o espírito inferior que nos dominava até ontem ou se já nos afeiçoamos ao espírito renovador do Eterno Pai." Emmanuel/ Vinha de Luz

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A percepção de nós mesmos

“A evolução vagarosa nos milênios ou o choque brusco do sofrimento alteram-nos o panorama mental, aprimorando-lhe os valores.”

De acordo com o Benfeitor Áulus no livro Nos domínios da mediunidade pelo espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier, é necessário o trabalho vagaroso, porque gradativo, do tempo ou, o que ele denomina de choque brusco do sofrimento, ou seja, a dor para que o nosso panorama mental enriqueça e expanda em valores. Uma boa reflexão nos faz compreender que de fato é assim que ocorre. Muitas vezes temos a oportunidade de aprender uma determinada lição que pacientemente nossos pais, por exemplo, nos explicam; no entanto, quase sempre, teimamos em não dar ouvidos. E o que ocorre, então?! Passado algum tempo, lá estamos às voltas com dificuldades que, de alguma forma, ensinam aquela lição que não aprendemos antes por mera teimosia.
Assim, dessa forma, não há como admitir que o sofrimento, a dor ou a dificuldade seja um primeiro recurso para nos fazer caminhar. As possibilidades que a Vida pode utilizar para que despertemos são muitas. Nossa compreensão é limitada, por isso enxergamos tão pouco, medindo, inclusive, o próprio Criador pela nossa, ainda reduzida, escala de valores.
O convite que a Doutrina Espírita nos faz a todo instante é ampliarmos nossa compreensão, inclusive acerca de nós mesmos, para que não enxerguemos apenas os defeitos. Lógico que precisamos enxergá-los, tendo consciência da nossa realidade íntima; entretanto, é fundamental enxergar também o lado luz que já há em nós.
Jesus, em muitos momentos, chamava a atenção, daqueles que se aproximavam dele, para as potencialidades adormecidas dentro de cada ser, esperando tão-somente a nossa vontade ser colocada em movimentação. Um bom exemplo disso, são os próprios apóstolos – escolhidos no meio do povo, não mostravam super-poderes, nem tão-pouco eram perfeitos, tiveram a oportunidade de conviver com o Mestre no dia-a-dia; só mais tarde, porém, despertaram para o que de bom já havia dentro deles a ser colocado em prática – a luz em movimento, a beneficio de todos aqueles que necessitassem de algum tipo de consolo e esclarecimento.
Guardando as devidas proporções, pensemos em nós.
O que fazemos com o pouco de luz que já possuímos!?
Ou será que não conseguimos percebê-la!?
Porque filhos do Criador, todos temos um pouco de luz para clarear, não apenas o nosso caminho, mas também e, principalmente, o daqueles que de alguma forma ainda estão tateando ao nosso lado. Se pensarmos um pouquinho, vamos nos lembrar o quanto somos iluminados por outros que encarnados ou não já possuem condições de nos mostrar o que ainda não havíamos percebido.