Como cooperas?

Como cooperas?
"Lembremo-nos de que há serviço divino dentro de nós e fora de nós. A favor de nossa própria redençao, é justo indagar se estamos cooperando com o espírito inferior que nos dominava até ontem ou se já nos afeiçoamos ao espírito renovador do Eterno Pai." Emmanuel/ Vinha de Luz

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Renovação íntima



“Contra o nosso anseio de claridade, temos milênios de sombra. Antepondo-se-nos à mais humilde aspiração de crescer no bem, vigoram os séculos em que nos comprazíamos no mal.
É por isso que, de permeio com as bênçãos do Alto, sobram na senda dos discípulos as tentações de todos os matizes.” (Emmanuel)

Mudar não é fácil, ainda mais quando nos propomos a levar em conta toda a bagagem (espiritual) que trazemos conosco de nossas experiências anteriores.
Não é simplesmente o conhecimento que nos “transforma”; lembremos, nesse caso, do sempre apropriado exemplo de Paulo, o Apóstolo. Ao tomar conhecimento de seus grandes equívocos, iniciou uma longa trajetória de auto-iluminação e conseqüentemente de libertação.
A renovação é assim. A tal reforma íntima, tão propagada por nós, não ocorre como num passe de mágica, demanda tempo e perseverança; devendo, inclusive, apoiar-se sempre em bases firmes, já que a solidez torna-se fundamental para que o objetivo de fato seja alcançado.
Como o próprio Emmanuel nos afirma no trecho em destaque acima, contra a nossa vontade de nos modificar está o nosso “passado”. Graças à Misericórdia Divina não nos lembramos dos nossos equívocos “do ontem”, no entanto, eles permanecem, de alguma forma, “presente” em nós. Torna-se necessário e fundamental, inclusive, a vivência, de fato, da mudança íntima. Novamente o exemplo de Paulo de Tarso pode nos ajudar – paralelo à modificação que estava ocorrendo intimamente, havia um passado, no caso dele naquela mesma existência, vivo que falava muito alto. Ele precisou vivenciar, a todo momento até o final daquela existência, que de fato estava ao lado do Cristo; suas palavras, apesar de bastante convincentes, não era o suficiente, foi preciso muito mais do que um bom discurso.
Assim ocorre com cada um, guardando, é claro, as devidas proporções. Por isso, tenhamos paciência conosco. Paciência não significa nos acomodar, de jeito nenhum. Mas sim, em perceber nossos reais limites, em compreender que, de fato, a natureza não dá saltos; ela, ao contrário, dá mostras, a todos aqueles que se propõe a serem bons observadores, de que tudo tem um ritmo. Não há dúvidas de que as mudanças devem ser constantes; tenhamos, no entanto, a humildade de reconhecer que isso representa um processo... Um processo a ser conduzido e direcionado por nós mesmos.
E, que dessa forma, possamos aproveitar os convites que a Vida constantemente nos envia visando sempre a nossa transformação moral, compreendendo, acima de tudo, que somos filhos de Deus e essa condição jamais perdemos.
A partir dessa compreensão, permitiremos que os Bons Espíritos possam, então, aproximarem-se de nós, devido às nossas boas resoluções de mudança, ajudando-nos nessa trajetória longa, mas necessária, de crescimento e, conseqüentemente, de auto-iluminação.



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